O dia em
que o Brasil e a Argentina pararam em frente a TV.
Sim,
demorei um pouco para escrever. Estava fomentando a ideia do que colocar nestas
linhas que sempre me prestaram de válvula de escape, mas que ultimamente não
tenho utilizado da forma que deveria. Talvez eu precise utilizar mais este
espaço, para falar um pouco mais de tudo que penso e tenho pensado, mas
principalmente partilhar de uma arte que gosto muito, que é Escrever. Não sou
nenhum exímio escritor, mas tenho meus talentos, acredito eu.
Mas hoje
este espaço, será destinado aos Guerreiros. E os Xineises.
Inicio
antes falando dos jogadores do Boca. Embora eu não tenha motivo algum para
falar deles, tenho que dar os parabéns por um time que em 180 minutos não deu
um pontapé. Provocou como é normal de todo Argentino, mas jogou limpo e ao
menos na Argentina, dentro de La Bombonera, mostrou porque é tão temido.
E início
falando dele, pois em meus maiores sonhos, imaginei um dia está final.
Corinthians x Boca, e o Timão campeão para o delírio de todos.
O
Corinthians deu início a este projeto no ano de 2009, quando trouxe Ronaldo, a
fim de fazer história pelos estádios do Brasil inteiro. Este projeto nos trouxe
2 títulos. Em 2010, a nação contando com boas atuações de Ronaldo, estava
confiante que desta vez iria, mas infelizmente o declínio físico deste que foi
e será para sempre um dos maiores de todos os tempos, acabou vendo este sonho
ir por água abaixo novamente. Em um embate contra o Esquadrão Rubro Negro, e
gols de Adriano - RJ e Vágner Love em SP, o sonho acabou novamente se tornando
um pesadelo. Para piorar, um último, lance nos pés do Capitão Chicão e uma
defesa pra ficar gravado na memória daqueles que sorriram e daqueles que
choraram, efetuada por Bruno. Uma noite que eu gostaria de apagar mas não
vou.
Em 2011
voltamos. Mas um Brasileiro (2010) que por muito pouco não foi nosso, se tornou
o nosso maior pesadelo em 2011. Na última rodada saímos da Fase de Grupos da Libertadores
e fomos parar na fatídica Pré-Libertadores, onde o Tolima, marcou sua história
trazendo aos Corinthianos, uma de nossas maiores tristezas.
Mas como
Corinthianos e Brasileiros, nasceram diferenciados e não desistem jamais de
seus sonhos, um novo projeto foi iniciado.
Ronaldo
deixa então o clube que outrora resgatara, e Eu - Rafael Bueno, agradeço muito
tudo que fez. Jamais me esquecerei de seu primeiro gol. Logo contra eles, no
último lance do jogo. Muito obrigado Ronaldo, eles jamais esqueceram que você
passou pelo Corinthians, e arrancou-lhes uma vitória que era certa, fazendo
daquele empate uma derrota amarga para o Guarani da Capital.
Roberto
Carlos - Nunca gostei. Não sei porque veio, e foi embora tarde. Tem talento? De
sobra, marcou alguns belos gols, mas na minha opinião, não merecia vestir nosso
manto.
Repatriamos
Liedson. Muito obrigado por tudo. Sem palavras por tudo que você fez por nós.
Pelo amor, dedicação e garra que sempre demonstrou com a nossa camisa. Você
terá sempre um lugar especial na minha memória de torcedor do Corinthians e no
meu coração que bate para este time que move montanhas.
Tite -
Este chegou, como ele mesmo disse - "Voltei para terminar algo que comecei
em 2005". Reformulou o time, nos colocou nas finais do Paulista, que
infelizmente perdemos. Fez com que o time tivesse um dos melhores inícios do
Campeonato Brasileiro, e com mais sorte do que juízo, mas acima de tudo, com
muito equilíbrio, nos trouxe a taça de campeão e nos colocou novamente no
caminho das Américas.
A
diretoria por sua vez, manteve todos os jogadores, e ainda trouxe alguns outros
para compor o elenco. Se desfez, daquele que agradeço em muito pelo gol marcado
contra o Atlético Mineiro, mas fora isso, jamais fez por merecer estar onde
estava e vestir a camisa 10 de nosso clube.
O time se
reforçou, e agora eu inicio uma singela homenagem para aqueles que sempre
estarão na minha memória.
Julio
César - Podem falar o que quiserem dele, que ele falhou, que ele tem mão de
alface e tudo mais. Mas ele é Corinthians, veio do terrão e nos salvou em
muitos momentos em que precisamos. Na primeira fase, demonstrou a garra de
sempre, e cooperou para que o time saísse com a segunda melhor campanha da
competição. Aquele jogo contra o Botafogo em 2011 em que mesmo com o dedo
quebrado se manteve em campo, prova o quanto ele ama este clube. Ele mesmo
falou - "Isso é Corinthians".
Cássio -
O MONSTRO - Tenho certeza que ele aprendeu o que é Corinthians através do Julio
Cesar. Não a toa, o Júlio atravessou o campo na final para abraça-lo. Fechou o
Gol. Fez defesas que nem o mais otimista imaginava. Chorei por 8 segundos
contra o Vasco e explodi em alegria com as pontas dos dedos deste que será
eternamente Corinthians. Não satisfeito, na primeira partida contra o Santos na
baixada, fechou o gol. Pegou tudo e mais um pouco, e fez do time que tinha um
jogador há menos, o vitorioso daquele embate.
Edenílson
- O cara da primeira fase. Substituiu nosso Guerreiro maior com estilo, garra e
talento. E nos deixou por uma contusão, após se manter em campo com muita garra
e força de vontade. Obrigado, jamais esquecerei sua força de vontade em
defender nossa camisa.
Welder -
Quando precisou não pipocou. Também será lembrado por nós. Obrigado.
Alessandro
- O capitão. O guerreiro. O que falar deste que parece ter um pulmão de aço?
Não para. Virou maloqueiro. Se doa, não desiste. Muito obrigado capitão. Você
está ao nosso lado desde a queda, e hoje foi consagrado com este título
maravilhoso. Também tem alma de Corinthians.
Chicão -
A personificação do que é ser Corinthians. Foi deixado de lado por sua má fase,
não desistiu, chegou perto disso, mas ficou. Ficou, voltou, guerrilhou e se
tornou campeão mais uma vez com nossa camisa. Raçudo, defende nossa camisa como
se fosse sua alma. Não foges a luta nunca.
Leandro
Castán - Não está mais vestindo nosso manto. Todavia, estará para todo o sempre
em nossa memória e coração. Dúvida na lateral esquerda, foi se tornando um
guerreiro. Não perdia uma bola, e se isso não fosse o suficiente, ainda
aparecia em lugares que ninguém imaginava, o que impediu que a vitória que as
vezes parecia certa, não se tornasse um empate com gosto de derrota, ou uma
derrota sem precedentes. Obrigado por toda a luta, garra e determinação.
Aguardamos seu retorno Guerreiro.
Paulo
André - Se não jogou nesta libertadores, tem que ser lembrado por tudo que fez
em 2011. Sempre que precisamos ele foi preciso, e ao menos para a minha pessoa,
merece toda a honra e a glória pelo título. Obrigado.
Wallace -
Beleza. Não sou muito fã dele não. Mas obrigado. Quando precisamos, não fez por
menos. Entrou com garra, luta e determinação.
Ramón -
Não rendeu aquilo que ele talvez imaginava. Mas lembro de momentos em que ele
foi importante. Fez parte do grupo e quando necessário, não deixou por menos.
Obrigado.
Fábio
Santos? Jamais. Agora é Fábio Corinthians Mané - Guerreiro, raçudo. Com garra e
técnica dominou o lado esquerdo. Tornou-se mais que essencial. Seus carrinhos
precisos, seu pulmão de aço, seus passes, cruzamentos e marcação precisa,
fizeram daquele lado esquerdo o nosso porto seguro. Suas tabelas, suas
aproximações e seu gol que abriu caminho contra o Emelec no Paca, estarão
sempre em minha memória. Você é Santos de nascimento, mas Corinthians de alma.
Rafl -
Nosso PitBull - Cão Pastor incansável. Seus desarmes sempre precisos. Era como
se ele falasse. "Pode errar aí na frente, que eu seguro aqui atrás".
Foi dele um dos gols mais importantes do Corinthians. Contra o Deportivo Tachirá
ele marcou um gol no último lance. Quando o mais Corinthiano de todos os
Corinthianos, já imaginava a derrota, ele subiu mais que todo mundo, e marcou
com a absoluta certeza, um dos gols mais importantes da história do Corinthians
e de sua carreira. Fundamental. Obrigado incansável PitBull.
Paulinho
- Que volante é este? O melhor do Brasil, e não consigo ver no mundo alguém que
possamos comparar a ele. Fundamental é pouco para aquele que foi um dos
artilheiros do nosso time nesta competição. Se não bastasse, marcou como
poucos, desarmou como Rafl, carregou a bola como Alex, foi preciso como Danilo
e goleador como Sheik. Aquela cabeçada aos 43 do segundo tempo no Paca, é um
dos momentos mais marcantes desta libertadores. Subir e comemora nas grades, abraçar
um louco que ali estava apenas para agradecer aquele gol. Aqui é Corinthians e
isso foi mais Corinthians ainda. Choro só de lembrar. Saporra de Libertadores,
já tinha a nossa marca. Só um imponderável poderia nos tirar essa taça e a
partir deste gol que teve a cara de louco deste bando de loucos.
Danilo -
Zidanilo como chamam alguns. O que falar? Só agradecer por ter queimado minha
língua. Como foi bom não sentir gosto de nada, por ela estar torrada. Cansei de
te chamar de LERdanilo, de Sonolento, de Bambi. Mano, você foi o cara. Aquele
gol de empate contra o Santos. Os passes, seus gols de cabeça durante a
competição. Seu incansável jeito lento de estar presente em todos os cantos.
Sua garra dorminhoca em vestir o nosso manto. Você merece ser lembrado pra sempre
Sir Zidanilo. Não serei hipócrita, mas confesso, aprendi a te amar. E farei de
tudo, mesmo que você marque um gol contra, para dizer que te amo e te amarei
pra sempre, pelo que fizeste nesta edição da libertadores.
Alex -
Jogou menos do que podia, mas isso não quer dizer que foi menos importante. Se
não foi o que esperávamos na libertadores, jamais deixou de lutar. Personificou
o que é ser Corinthians. Dava carrinhos insanos, dividia todas e ainda deixava
sua marca. Marca que ficará em nossas mentes, quando ele fez aquele gol no
último lance contra o Inter no BR 11, clube que o criou. E no passe fantástico
que deu para o Liedson contra o Figueirense. Sem estes 2 gols, não estaríamos
na Libertadores. Foram momentos mais que importantes para o Corinthians. Se um
dia desejar voltar, estaremos te esperando de braços abertos. Voe e seja feliz
Gavião. Obrigado por tudo que você nos fez.
Douglas -
Ainda devendo. Mas seu futebol em 2008, foi o início da construção do título de
2012. Obrigado eterno Maestro.
Sheik -
Boleiro. Marrento. Chato. Técnico. Raçudo. Um cara que nasceu para brilhar, com
uma estrela fora do comum. Mano, você só foi o artilheiro de nosso time na
Libertadores. Aquele seu gol na gaveta em pleno estádio da baixada, foi digno
de campeão. Aquele gol entra na lista de ídolos como Marcelinho Carioca e
Ronaldo. Todos vocês são responsáveis por momentos únicos em minha vida como
torcedor do Corinthians, em jogos contra o Santos. Você é brasileiro mesmo,
pois não foge a luta. Joga com raça e com coração e na hora da decisão, mostra
que nasceu para brilhar. Insatisfeito com “pouco”, fez barba, cabelo e bigode
contra o Boca. Deu passe para o gol de empate, e marcou dois no jogo decisivo.
Mostrou ser o Brasileiro mais Argentino de nosso time. Provocou, mordeu,
marcou, jogou e não caiu na catimba Argentina. Provocou o tempo todo e foi
decisivo. Obrigado por ter vestido este manto como se fosse parte vital de seu
corpo.
Willian –
Já se foi também. E tenho certeza que voltará em breve para continuar sua
história do clube. O pouco tempo que ficou conosco, foi campeão duas vezes e
sempre demonstrou muito carinho pelos torcedores, raça e determinação em campo.
Seus gols, mesmo não sendo muitos, tiveram muito importância no decorrer do
tempo que aqui ficou, e foram sempre cheios de garra e força de vontade.
Liedson –
Nosso Levezinho. Liedshow. A diretoria precisava de um pouco mais de vontade
para que você continuasse ao nosso lado, defendendo essa camisa que tanto ama e
sempre defendeu com toda garra de determinação. Um verdadeiro Gavião em campo,
sempre Guerreiro, um verdadeiro Louco do Bando, um dos Mosqueteiros, que para
sempre levaremos em nossos corações. São quase 1 gol a cada duas partidas,
poucos terão essa honra de contar uma média destas e dois gols em uma de nossas
melhoras partidas nesta libertadores. Muito Obrigado, que sua continuação, ou
talvez fim de carreira, seja de muitas alegrias e conquistas.
Além
destes guerreiros nos quais citei, ainda temos muitos no banco de reservas, na
preparação física, na arrumação do vestiário e muito mais, que fizeram deste
time um vencedor.
Além
deste, presto minha singela homenagem ao Mar Negro, aos demais torcedores que
se juntaram para fazer do Pacaembú um coração pulsante que com certeza incomodou
nossos maiores adversários. A todos os torcedores de sofá, de sms, de internet,
espalhados pelo Brasil e pelo Mundo, que aguentaram firme todas as provocações
e piadas, para enfim, sem jamais ter deixado de apoiar seu time, gritar – É
CAMPEÃO.
SIM –
Somos CAMPEÕES DAS AMÉRICAS. A Libertadores é nossa, invictos, contra um dos
times mais copeiros que já conhecemos.
Este time
foi contra tudo e contra todos. De 10 que não são corinthianos, 12 apostavam
que jamais seríamos. De 10 torcedores do Corinthians, talvez metade teve
dúvidas até o segundo gol na partida decisiva.
Obrigado
Corinthians por existir em nossas vidas, e tenho certeza que este título será
apenas o primeiro de muitos que irão vir, para alegria da nação Corinthiana e
para a tristeza daqueles que sempre irão ficar com um pé atrás relacionado a
força que este time tem.
Corinthians,
campeão da Libertadores de 2012.
Agora,
podem falar o que quiser, pois nossos Guerreiros, chegaram lá.
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